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Estudamos
a indução eletromagnética que se processa num condutor em forma
de fio, colocado num campo magnético, mas também existe indução
eletromagnética num bloco metálico sujeito a fluxo magnético variável.
Suponhamos,
por exemplo, que um bloco de ferro seja colocado com a face plana
ABCD perpendicular a um campo magnético variável. Sendo S a área
dessa face, ela é atravessada por um fluxo
. Se o campo for variável, então o fluxo
será variável. Neste caso, o bloco de ferro sofrerá indução
eletromagnética e aparecerão nele correntes elétricas induzidas
circulares, situadas em planos perpendiculares à indução magnética
, isto é, planos paralelos a ABCD.

Figura 317
Chamam-se
corrente de Foucalt a essas correntes que aparecem por indução em
blocos metálicos. Pode-se demonstrar que a energia perdida num
bloco metálico por causa das correntes de Foucalt é proporcional
ao quadrado da espessura BC do bloco. Para diminuir essa perda
nós laminamos o bloco, isto é, em vez de fazermos um bloco metálico
maciço, juntamos um grande número de lâminas finas, como indica
a figura 317-b.
Para
diminuir as perdas de energia por correntes de Foucalt, as partes
de ferro das máquinas elétricas são sempre laminadas, e nunca são
blocos maciços. Assim são os núcleos de ferro dos transformadores.
O cilindro do rotor dos motores, o estator dos motores, etc., como,
por exemplo, os da figura 300.
A
figura 318 é fotografia de um aparelho simples para demonstrar
a existência das correntes de Foucalt. Os dois fios que entram
pela esquerda transportam corrente elétrica de um acumulador para
a bobina que se vê em posiçao horizontal. Essa bobina produz um
campo magnético perpendicular ao disco metálico. Os dois fios que
saem pela direita estão ligados ao disco e vão ter a um galvanômetro.
Girando-se o disco, há variação do fluxo magnético que o atravessa,
pois suas partes entram e saem do campo à medida que ele gira.
Então o galvanômetro acusa a passagem de uma corrente pelo disco.

Figura 318
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