TRANSPORTE TERRESTRE
Um dos primeiros veículos terrestres foi o
trenó, empregado há mais de dez mil anos nas grandes migrações da Ásia para a
América pelo estreito de Bering. A domesticação de animais, por volta do quarto
milênio antes da era cristã, representou um grande avanço no uso dos diferentes
veículos e ampliou sua utilidade comercial. Dentre os animais de tiro mais
usados destacam-se o asno, o boi, o elefante, a lhama, o camelo e o cavalo. A
invenção da roda, por volta de 3500 a.C., revolucionou o transporte terrestre e
nos milênios seguintes o uso de carros de duas ou quatro rodas se difundiu pela
Ásia e Europa.
O progresso nos transportes se acelerou a
partir do século X a.C., com a construção de estradas, primeiro na Mesopotâmia
e mais tarde no Império Romano. Depois da longa interrupção da Idade Média,
período em que se reduziu muito o comércio terrestre, a invenção do sistema de
suspensão possibilitou o emprego da carruagem no transporte de passageiros e
incentivou a retomada da construção de estradas.
O grande marco na era moderna foi a
substituição da tração animal pela mecânica, devido às pressões econômicas,
tecnológicas e comerciais da revolução industrial e da acumulação de capital.
Nessa fase, acentuou-se a premência para a abertura de mercados e o uso de
meios mais racionais para a distribuição dos bens produzidos. A invenção da
locomotiva, no início do século XIX, significou o triunfo da ferrovia e sua
expansão pelo mundo. O automóvel, inventado na mesma
época, firmou-se em 1885 com os modelos equipados com motor de gasolina. Desde
então, o automóvel, o ônibus, o caminhão e o trem dominaram o transporte
terrestre e limitaram o uso dos veículos de tração animal a regiões remotas. Na
atualidade, as redes ferroviária e rodoviária são responsáveis pela maior parte
da locomoção de passageiros e carga no transporte interior da maioria dos
países.