EMBARCAÇÃO
A evolução das
embarcações, desde a piroga (tronco escavado) e a balsa (amarração de troncos)
até os modernos petroleiros, teve fundamental importância no progresso das
civilizações e no intercâmbio cultural entre os povos.
Denomina-se embarcação
todo veículo flutuante, feito de madeira, metal ou outros materiais, que se
desloca sobre a superfície das águas para transportar carga ou passageiros,
servindo-se do vento, de remos ou motores para sua propulsão. Os submarinos, destinados à navegação sob a superfície do
mar, também são considerados embarcações.
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Engenharia
naval
Cabe à engenharia
naval a definição da estrutura de uma embarcação, a distribuição de todos os
componentes e o projeto, instalação e funcionamento de seus equipamentos. Essa
disciplina começou a surgir, tal como é entendida modernamente, no início do
século XIX, quando o ferro substituiu a madeira como material de construção e
os motores ocuparam o lugar da propulsão a vela, usada no período das grandes
navegações.
Os primeiros
navios britânicos e americanos modernos eram equipados com máquinas a vapor alimentadas a carvão. Essas
máquinas, muito rudimentares, eram motores alternativos de um único cilindro e
com uma só câmara de expansão do vapor. Em seu interior, a pressão era pouco
superior à pressão atmosférica, razão pela qual seu rendimento era pequeno.
Posteriormente, o emprego de várias fases de expansão do vapor, bem como a
obtenção de pressões mais elevadas, permitiram uma substancial melhora no
rendimento. Nas caldeiras, o carvão passou a ser substituído por combustíveis
líquidos, que forneciam quantidades equivalentes de energia e pesavam
proporcionalmente menos.
Os modernos
transatlânticos e petroleiros de grande tonelagem dispõem também de uma vasta
infra-estrutura de manutenção. Assim, um dos pontos essenciais no projeto de
uma embarcação se refere aos sistemas de segurança (detecção e extinção de
incêndios, controle de estabilidade da carga) e ao planejamento das vias de
evacuação imediata, em caso de acidente.
Construção
naval
A fabricação de
embarcações, atividade tradicionalmente artesanal, transformou-se, no início do
século XIX, num próspero setor industrial. Os pequenos estaleiros onde se
trabalhava a madeira converteram-se em grandes instalações capazes de efetuar
operações diversificadas, como rebitagem, soldadura etc.
Até a primeira
guerra mundial, era habitual a união das peças e do casco das embarcações
mediante rebites, cilindros metálicos introduzidos em linhas de orifícios e
comprimidos do outro lado da chapa, de modo a formar outra cabeça. Na década de
1920, generalizou-se nos estaleiros britânicos o uso da soldadura, que se
tornou o método preferencial desde então.