Onde construir Usinas Hidrelétricas

 
O Brasil possui um potencial grande hidrelétrico. Desde 1901, a Light Serviços de Eletricidade atua na região, tendo construído hidrelétricas como o complexo de Henry Birden (910.000 kW), no município de Cubatão (SP). Em 1978, a Light foi comprada pela empresa estatal Eletrobrás e, em 1980, revendida à Eletropaulo, de propriedade de Estado de São Paulo. Ainda na década de 70, a CESP (Centrais Elétricas de São Paulo) associou-se o complexo de Urubupungá, no rio Paraná, formado pelas usinas de Jupiá (1,4 milhões de quilowatts) e Ilha Solteira (3,2 milhões de quilowatts).
   

Já no Norte e Nordeste, nem sempre valem a pena os altos investimentos em hidrelétricas. A implantação de usinas na bacia do Amazonas, por exemplo, é muito difícil, devido à ausência de grandes quedas d'água. Além disso, por causa da população rarefeita e da pouca industrialização, seria necessário construir extensas redes de transmissão, que onerariam o custo da implantação desse tipo de usina.

Área alagada para a construção da Usina de Balbina

 
   
Quando as distâncias são superiores a 500 km, o preço da eletricidade gerada por hidrelétricas torna-se pelo menos quatro vezes mais caro do que a fornecida por outros tipos de energia. Por este motivo a construção de hidrelétricas nessas regiões estão condicionada à existência de grandes projetos agropecuários e industriais, como o Jari e o de Carajás. Este último (um gigantesco empreendimento para a extração de minérios) tornou viável a construção da Usina de Tucuruí (8 milhões de quilowatts) na bacia de Tocantis.
 


Atualmente, as principais usinas do Nordeste estão situadas na bacia do São Francisco, onde se destacam as hidrelétricas de Paulo Afonso (1,5 milhões de kW) e Sobradinho (810.000 kW), que integram o Sistema de Centrais Hidrelétricas do São Francisco.

A grande hidrelétrica de Tucuruí, sobre o rio Tocantins, fornece energia para muitas indústrias, sobretudo minerometalúrgicas, do Pará e do Maranhão.