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Certos
meios isotrópicos podem ter uma atividade óptica induzida
pela aplicação de um campo magnético uniforme
na direção de propagação da luz. Esta
propriedade, conhecida como efeito Faraday, é comumente aplicada
na construção de isoladores ópticos ou diodos
ópticos. Na ausência de campo magnético, o material
comporta-se da mesma forma para as polarizações circulares
s+ e s- . Entretanto, a presença do campo
quebra a simetria para rotações à direita e à
esquerda, da maneira apresentada na Fig. 6.25 e o material passa a
ter atividade óptica.
No efeito Faraday, o ângulo que o plano de polarização
roda está ligado à resposta do material ao campo magnético,
através da constante de Verdet, de acordo com:
onde
B é módulo do campo magnético, V é a constante
de Verdet e l é o comprimento do meio. Os materiais mais comumente
utilizados para este tipo de aplicação e que obviamente
possuem um valor elevado da constante de Verdet são alguns
tipos de vidros densos, alguns semicondutores e o TGG (Terbium Galium
Garnet). Na Fig. 6.26 podemos observar o comportamento de V contra
l para o TGG.

Fig. 6.26 - Variação da constante de Verdet com o comprimento
de onda para o TGG.
Um
fator importante para a construção dos isoladores ópticos
está ligado aos sentidos relativos do campo magnético
e do vetor de propagação
.
Digamos que a luz se propaga na direção do campo (
e
paralelos) e que roda um ângulo q
no sentido horário. Se ela se propagar no sentido inverso ( e
anti-paralelos), ela novamente rodará um ângulo q, só que agora no sentido anti-horário. Como
consequência, se a luz atravessar o meio e depois voltar, o
efeito total será o de rodar o plano de polarização
da onda de 2q. Veremos a seguir como este fato pode ser usado para a
construção de diodos ópticos.
Sergio Carlos Zilio
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