O
rádio-receptor, como êsses que temos em nossas residências,
recebe a onda eletromagnética do seguinte modo: êle possui
uma antena, ligada a uma bobina B2 , que tem a
outra extremidade ligada à terra. Próxima de B2
há uma bobina B1
que, com um condensador C constitui um circuito oscilante
(fig. 343). A onda eletromagnética, atingindo a antena,
produz nela indução eletromagnética: aparece, na bobina B1
, uma corrente i1
, que circula da antena para a terra e da terra para
antena. Essa corrente i2
provoca indução eletromagnética na bobina B1
. No circuito oscilante aparece então uma corrente
i1 , cujo valor depende da combinação do valor
do coeficiente de auto-indução da bobina B1
com a capacidade do condensador C. Essa corrente
i1 é a
corrente utilizada para depois pôr em funcionamento o restante
do rádio. O condensador C é sempre um condensador variável.
Para um mesmo valor do comprimento de onda da onda hertziana
podemos ajustar um valor de C que nos dê uma corrente i1
máxima, ou uma corrente fraca, quase nula. Ora, a
antena está recebendo ondas eletromagnéticas emitidas por
várias estações de rádio diferentes, isto é, ondas de comprimentos
de onda diferentes. Então, se quisermos que nosso rádio “capte
uma determinada estação”, isto é, um determinado comprimento
de onda, precisamos ajustar o valor da capacidade C que, combinado
com o coeficiente de auto-indução de B1 , faça que a corrente i1 seja máxima, para
aquele determinado comprimento de onda. Quando, em nosso
rádio, nós viramos um “botão” para “ajustar bem” numa certa
estação, estamos variando a capacidade C, para dar-lhe o valor
conveniente relativo ao comprimento de onda característico
daquela estação. |

Figura 343 |