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Na figura abaixo
imaginamos que o campo elétrico se propague no plano P1
, e o magnético no plano P2 . Na maioria dos casos,
o campo elétrico pode-se propagar em qualquer plano que passe
pela reta r1 , o campo magnético estando sempre num plano
perpendicular. Mas, há casos em que o campo elétrico só pode existir
em um ou em alguns planos determinados (e como consequência, o mesmo
acontece ao campo magnético); nestes casos dizemos que a onda eletromagnética
está polarizada. O fenômeno se chama polarização.
Por exemplo, se a figura abaixo representar uma onda eletromagnética
“luminosa” em que o campo elétrico seja obrigado a se manter no
plano P2 , e o magnético obrigado a se manter no plano
P1 , ela representará luz polarizada.

Figura 340
As
estações de rádio emissoras produzem as ondas eletromagnéticas
chamadas ondas hertzianas (nome tirado de Hertz, que
foi o primeiro homem a produzí-las). A parte fundamental
de um transmissor de rádio, é um oscilador, constituído
por um condensador C e uma bobina B1
, circuito análogo ao da figura ao lado. Por
fora da bobina B1 há uma bobina B2
, que tem uma extremidade ligada à terra, e a outra
ligada a um condutor de forma geométrica especial, e exposto
ao ar, chamado antena (fig. 342). Quando, pelo
oscilador passa a corrente oscilante i1 , variável,
a bobina B1
produz indução eletromagnética na bobina B2
. A corrente i2
, induzida na bobina B2
, e que circula da antena para a terra e da terra para
a antena, é constituída por elétrons fortemente acelerados
e retardados: êsses elétrons produzem, então, as ondas eletromagnéticas.
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Figura 342 |
A frequência da corrente produzida pelo oscilador é elevadíssima,
pois é a mesma frequência da onda eletromagnética emitida. Por
exemplo, se a estação deve emitir ondas de frequência 700.000 ciclos/segundo,
essa deve ser a frequência da corrente oscilante.
Para produção das ondas eletromagnéticas necessitamos de osciladores,
e não podemos fazê-lo com dínamos, porque êstes não podem fornecer
corrente de tão alta frequência.
As estações de rádio comerciais emitem ondas eletromagnéticas cujos
comprimentos de onda são fixados pelos governos, para impedir “interferência”
de umas com outras. Em geral, os comprimentos de onda emitidas
pelas estações comerciais são maiores que 500 metros. Essas
são chamadas “ondas longas”. Ondas “curtas”, de 10 a 200 metros,
são usadas para vários objetivos, como por exemplo, pela polícia,
para comunicar-se com seus carros; para orientar os aviadores em
vôo; para rádio-amadores, etc..
A
diferença fundamental entre o comportamento das ondas longas e o
das ondas curtas, é que as longas podem contornar os objetos, como
edifícios, montanhas, etc.. As ondas curtas não podem contornar
facilmente os objetos, mas, em compensação, podem ser concentradas
em feixes finos, como se fossem feixes de luz. Esses feixes podem
depois ser “dirigidos”, e usados para orientar aviadores em vôo,
ou detectar aviões, ou detectar submarinos, etc.. Estão, neste
caso, as ondas de “radar”. Para detectar um avião, a onda é emitida;
encontrando o avião ela é refletida, e a onda refletida é captada.
O tempo decorrido entre a emissão da onda primitiva e a chegada
da onda refletida, permite calcular-se a distância do avião.
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