Esse módulo do sistema estará disponível em breve. Esse módulo do sistema estará disponível em breve. Esse módulo do sistema estará disponível em breve. Esse módulo do sistema estará disponível em breve.


 

No funcionamento da pilha de Volta podemos distinguir duas fases: 
1a) aparecimento de uma diferença de potencial inicial entre o cobre e o zinco; 
2a) manutenção dessa diferença de potencial.  

Muitos metais, quando colocados dentro d’água, soltam íons seus na água.  Assim, o zinco liberta, na solução de ácido sulfúrico, íons positivos bivalentes de zinco, .  Os dois elétrons que com esse íon formavam um átomo (neutro) são retidos no eletrodo de zinco.  Ao redor desse eletrodo ficam então muitos íons positivos de zinco, e o eletrodo fica com um excesso de elétrons (fig. 211).



Figura 211

A libertação de íons de zinco não continua indefinidamente, porque a carga positiva dos íons que contornam esse eletrodo atingem valor tal que impede a libertação de novos íons; isto é, qualquer novo íon solto na solução é repelido pela carga positiva e volta ao zinco, aí se unindo a dois elétrons e formando novamente um átomo de zinco (neutro).

O zinco fica então com carga negativa, devida aos elétrons, e a solução com carga positiva, devida aos íons.  A consequêncta é que o zinco fica com um potencial mais baixo que a solução.

Com a lâmina de cobre acontece o mesmo.  Ela também solta na solução íons positivos bivalentes de cobre, e retém elétrons (fig. 211).  Então, o cobre também fica com potencial mais baixo que a solução.

Mas, os metais não tem todos a mesma facilidade para soltar íons.  O cobre solta menos íons que o zinco e, portanto, retém menos elétrons que o zinco.  A consequência é que o cobre fica com potencial mais alto que o zinco, embora ambos tenham potencial mais baixo que a solução.  Esses potenciais estão esquematizados na figura abaixo.



Figura 212

A diferença de potencial entre o cobre e o zinco aparece então porque esses dois metais não tem a mesma facilidade para libertar íons na solução.

Sentido da corrente elétrica 

Como o zinco possui mais elétrons que o cobre, quando eles são reunidos pelo condutor c há passagem de elétrons do zinco para o cobre, isto é, carga negativa, do zinco para o cobre.  Mas, convencionamos que a corrente nos metais seja constituída por movimento de partículas positivas imaginárias que se desloquem do cobre para o zinco.  

Poderíamos levantar a seguinte dúvida: se o zinco vai cedendo elétrons ao cobre, através do condutor c, depois de algum tempo o zinco e o cobre ficarão com igual número de elétrons, e portanto, ao mesmo potencial, e a pilha deixará de funcionar.  Veremos que o ácido sulfúrico impede que isso aconteça.

As moléculas de ácido sulfúrico se dissociam em íons hidrogênio e , segundo a equação:

O íon  se dirige para o zinco, aí reage com ele, formando-se sulfato de zinco, segundo a equação:

                                 

libertando-se nessa reação dois elétrons que o zinco manda depois para o condutor c.  Essa reação química é a fonte de elétrons para o zinco, isto é, é a origem dos elétrons que a pilha fornece para constituírem a corrente elétrica no circuito externo.

O íon de hidrogênio, , se dirige para o cobre; aí recebe um elétron e se transforma num átomo de hidrogênio (neutro), segundo a equaçao:

                                               

Os átomos de hidrogênio se unem dois a dois formando moléculas de hidrogênio, que se desprendem junto ao cobre.  Em resumo: a reação química fornece elétrons ao zinco; este os cede ao condutor c, que os conduz até o cobre; o cobre recebe elétrons e os cede aos íons de hidrogênio.

Energia transformada na pilha 

Agora podemos compreender claramente o que significa a expressão: “a pilha transforma energia química em energia elétrica”.  Significa que a reação química liberta dois elétrons, isto é, liberta carga elétrica.

Com o funcionamento da pilha, a reação continua, e o zinco vai sendo consumido, e transformado em sulfato de zinco.  Podemos então, dizer que a energia elétrica fornecida pela pilha provém da energia química do consumo do zinco.  Depois de algum tempo de uso, o zinco desaparece.  Para restaurar a pilha precisamos usar nova lâmina de zinco.                

Podemos resumir o funcionamento da pilha de Volta do seguinte modo: inicialmente se estabelece uma diferença de potencial entre o cobre e o zinco, provocada pelo fato de esses dois metais não terem a mesma facilidade para libertar íons na água.  Depois, os íons  e  permitem que a diferença de potencial se mantenha.

1a) Vemos que não é possível construir-se uma pilha com água pura, pois, sem a presença dos íons que provocam reações químicas, a diferença de potencial inicial não se mantém.

2a) Concluímos também que na construção de uma pilha podemos usar dois metais quaisquer, contanto que eles não tenham a mesma facilidade para soltar íons.

Pilha de limão

Pilha de coca-cola

 

 
   

 


©2004 - Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada. Todos os direitos reservados.