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Quando estudamos um determinado assunto por livros didáticos, temos a impressão de que a descoberta dos fenômenos e das leis foram feitas de maneira muito ordenada e sistemática, como são apresentadas nesses livros.  A exposição didática, em geral, nos deixa com a impressão de que um cientista isolado desenvolveu muito suavemente um raciocínio e chegou a muitas conclusões.  Mas, a realidade é diferente.  Todas as descobertas, que em geral levam o nome de um único homem, são o resultado do trabalho de muitos homens.  Dos homens que construíram a história dessas descobertas, e que não aparecem.  Os estudos relativos à eletrólise são um bom exemplo do que estamos afirmando.  As suas leis fundamentais, que atualmente podem ser compreendidas por qualquer estudante de curso secundário em poucas horas, são o resultado de trabalhos de quase um século, executados por vários indivíduos em condições e lugares diferentes.

Pouco tempo depois que se descobriu a corrente elétrica, alguns físicos observaram que certas soluções são condutoras de eletricidade.  Somente depois dos trabalhos de vários investigadores, Faraday, em 1833, descobriu as leis que levam o seu nome.  Ele não fez nenhuma teoria a respeito do fenômeno, porque os conhecimentos daquela época eram muito deficientes.  Faraday foi o primeiro a usar o termo “eletrólise”.  Em 1857, Clausius fez uma teoria a respeito da eletrólise, mas falha.  Em 1880, Helmoltz iniciou a teoria da dissociação eletrolítica, que foi continuada por Arrhenius.  Este, somente em 1887 completou sua teoria, a respeito da dissociação eletrolítica e da eletrólise, que constitui a base das idéias atuais que temos sobre o fenômeno.

Para que se tenha uma idéia do esforço e da visão daqueles homens basta observar que as explicações que demos neste capítulo sobre eletrólise envolvem sempre o conceito de elétron e de carga do elétron.  E, no entanto, o elétron somente foi descoberto em 1897, isto é, 10 anos depois da teoria de Arrhenius e 64 anos depois que Faraday descobriu as leis da eletrólise!  Tendo um conceito de íon dado pela Química, e não pela Física, sem estar ao par de muitos fenômenos físicos, aqueles homens chegaram a leis quantitativas exatas, exclusivamente com dados experimentais, embora não soubessem justificar essas leis.  Assim, por exemplo, a constante F, o faraday, naquela época era um simples número que Faraday tinha obtido experimentalmente, mas, ninguém sabia o que significava e porque é constante.  Hoje sabemos que é o produto do número de Avogadro pela carga do elétron.  E a expressão  é uma das fundamentais em Física Atômica, porque N e e são duas grandezas muito importantes.

Autor: Roberto A. Salmeron

 

 
   

 


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