
Até
agora, quando nos referimos aos condutores, pensamos sempre nos
metais. Mas, existe uma outra categoria importante de condutores,
chamados eletrólitos, que passaremos a estudar.
O
leitor poderá realizar muito simplesmente a seguinte experiência,
que vamos descrever em três fases.
1a
Fase – Mergulhe duas placas metálicas
A e B em água destilada, isto é, no máximo de pureza (fig. 195). Uma dessas
placas ligue, por um fio b, a um dos terminais de uma lâmpada.
Ao outro terminal da lâmpada ligue um fio c, e à outra placa metálica
um fio a. Os dois fios a e c ligue a uma dessas “tomadas” existentes
em sua residência, que dão diferença de potencial de 110 ou 115
volts (uma dessas “tomadas” onde se liga rádio, ferro de passar
roupa, etc.).
Em
resumo, a lâmpada e o condutor constituído pela água compreendida
entre as placas A e B estão ligados em série, entre dois pontos
cuja diferença de potencial é 110 volts, conforme está esquematizado
na figura 195- 195-aa. Sabemos que a lâmpada sozinha, ligada
aos 110 volts, acende, pois é isso o que fazemos diariamente
em nossas residências. Mas, o leitor observará que, em série
com a água destilada, a lâmpada não acende, o que significa
que não passa corrente: a água pura tem resistência tão grande
que se comporta como isolante. |
Figura 195 |
i
Figura 195-a

2a
Fase – Substitua a água por um sal
seco, por exemplo, mergulhe as duas placas A e B em um recipiente
contendo cloreto de sódio (sal de cozinha) seco. Novamente a lâmpada
não acenderá, isto é, não passará corrente pelo circuito, o que
indica que o cloreto de sódio também é isolante. Se em vez de cloreto
de sódio o leitor usar qualquer outro sal, ou qualquer base, ou
qualquer ácido, isento de água, o resultado será o mesmo.

3a
Fase – Voltemos à experiência primitiva,
feita com água. Tínhamos constatado que a água pura não é condutora.
Vá jogando à água, aos poucos, um ácido, uma base ou um sal, por
exemplo, cloreto de sódio. Verá que, atingida certa concentração,
a lâmpada começa a acender, e à medida que for dissolvendo mais
cloreto de sódio, mais brilhante ela fica, até chegar a uma concentração
em que a lâmpada fornece quase que a mesma luz que fornece normalmente,
isto é, sem a solução. Portanto, passa corrente elétrica pela solução.
Se dissolver em água qualquer outro sal, qualquer ácido ou qualquer
base, o resultado sera o mesmo.

Chama-se
ELETRÓLITO a uma solução de ácido, base ou sal em água. Os eletrólitos
são condutores muitíssimo importantes, conforme veremos.
As
soluções que não são condutoras são chamadas NÃO-ELETRÓLITOS. Por
exemplo, a solução de açúcar ou álcool em água.