O
método de Poggendorff permite a comparação das
f.e.m. e de duas pilhas. Forma-se um circuito
potenciométrico com uma pilha P e um fio homogêneo
AB com um cursor C. Nesse circuito se intercala
um miliamperômetro que permite medir a corrente i que a
pilha P fornece. Para manter essa corrente
constante se intercala também um reostato R.
(Vemos que o circuito é um circuito típico potenciométrico
descrito no parágrafo anterior).
Entre
os pontos A e C ligamos a pilha cuja f.e.m.
queremos medir, e um miliamperômetro
que medirá a corrente que vai circular
pelo ramo . Essa pilha deve ser ligada de tal
modo que a corrente que ela fornece aos ramos tenha sentido oposto ao da corrente
que é fornecida ao mesmo ramo pela pilha P.
Para isso, os polos de mesmo nome das duas pilhas
devem ser ligados juntos em A. Uma ligação
desse tipo é chamada ligação em oposição (daí
o nome do método).
Figura 194
Deslocamos
o cursor C até que o miliamperômetro não acuse nenhuma corrente no ramo , isto é, até que a corrente fornecida pela pilha seja anulada pela parcela de i que se opõe a
. Chamando a resistência do trecho AC, e aplicando a 2a
lei de Kirchhoff à malha , temos:
Depois
substituímos a pilha por outra de f.e.m. e repetimos a operação. Chamando à resistência do trecho AC quando a segunda
pilha está no circuito, concluímos:
Dividindo
membro a membro
e ,
temos:
Supondo-se
que seja a f.e.m. conhecida e a desconhecida, temos:
Chamando
e respectivamente aos comprimentos da parte AC
nos dois casos, é claro que
A
expressão anterior fica então:
Os
comprimentos e podem ser medidos numa régua colocada
por baixo do fio AB.