Tumores da bexiga
Os tumores da bexiga, como os que surgem em
outras partes do corpo, podem ser benignos ou malignos. Ambos se originam de
células que delineiam a bexiga e tendem a crescer projetando-se para o interior
do órgão. O fumo é considerado um fator de risco para o câncer na bexiga. Se o
tumor se formar próximo à abertura que conduz ao ureter, poderá obstruir o
fluxo de urina e provocar a dilatação do rim pelo acúmulo de urina. Essa
condição é chamada hidronefrose e torna o rim suscetível a infecções (veja
Pielonefrite aguda).
Quais
são os sintomas?
Os principais sintomas dos tumores na bexiga
são hematúria (sangue na urina) e dor logo após urinar. Pode haver uma sensação
de queimação e vontade intensa de urinar em intervalos muito curtos. Esses
mesmos sintomas ocorrem na Cistite, que se manifesta freqüentemente na presença
de um tumor. A hidronefrose também provoca dores nas costas.
Quais
são os riscos?
Os tumores na bexiga não são comuns e surgem
mais freqüentemente em homens acima de 50 anos. Os tumores benignos podem
facilmente ser tratados, mas os malignos provocam lesões extensas nos tecidos
da bexiga. Se as células cancerosas se alastrarem para outras regiões do corpo,
as perspectivas de êxito no tratamento são muito pequenas.
O
que deve ser feito?
Sempre que for notada a presença de sangue na
urina deve-se consultar um médico. Ele pedirá exames de urina, de sangue e
outros, como uma cistoscopia (na qual um tubo flexível é inserido na bexiga
através da uretra), uma pielografia intravenosa, uma cistografia, uma
tomografia computadorizada ou ainda uma ressonância magnética. Se for
encontrado um crescimento, provavelmente será necessário fazer uma biópsia, na
qual uma amostra de tecido é analisada para verificar se é maligna.
Qual
é o tratamento?
Um tratamento comum para tumores na bexiga é a
sua destruição, queimando-os com uma sonda elétrica, passada através do
cistoscópio. Esse processo é conhecido como fulguração. Em outro tipo de
tratamento, uma droga anticancerígena é injetada na veia, acumulando-se no
tumor. Um feixe de raios laser é então transmitido através do cistoscópio,
fazendo com que a droga destrua o tumor. Drogas para quimioterapia ou vacina
contra tuberculose podem ser instiladas na bexiga, periodicamente, em alguns
estágios do tumor. É provável que isso acabe com o problema, mas será
necessário fazer exames para certificar-se da não-recorrência do tumor.
Se houver lesão extensa da bexiga, poderá ser
necessário removê-la. Os ureteres serão ligados a uma abertura na parede
abdominal e a urina passará a fluir para uma bolsa colocada fora do corpo, que
funcionará como uma bexiga, porém terá de ser esvaziada periodicamente. Em
alguns casos, os ureteres são ligados a uma alça do intestino delgado, onde a
urina ficará armazenada. Uma válvula artificial na pele permite o esvaziamento
do reservatório por um cateter, de acordo com a necessidade. Após a cirurgia, o
paciente precisará de um tratamento com radioterapia e drogas anticancerígenas
para destruir o restante das células anormais.