Varredura por radioisótopos
Na varredura por radioisótopos, o paciente
recebe, via oral ou injetável, uma substância radiativa chamada traçador ou
isótopo. O médico escolhe um traçador que se mantenha no órgão a ser examinado
(por exemplo, o iodo concentra-se na glândula tireóide). Após entrar na
corrente sanguínea, o traçador vai até o órgão a ser examinado, de onde passa a
emitir pequenas quantidades de raios gama (semelhantes aos raios X), que são
detectados por um equipamento chamado câmera gama. As informações obtidas são
analisadas pelo computador e utilizadas na criação de imagens do órgão. A
varredura por radioisótopos também pode ser usada, junto com um computador, para
auxiliar na formação de imagens em técnicas como a tomografia computadorizada
por emissão de um único fóton — na qual as imagens transversais-seccionais do
corpo são captadas por uma câmera gama que gira em torno do paciente — ou a
tomografia por emissão de pósitron.
O
que acontece durante uma varredura por radioisótopos?
Após o traçador ser injetado ou ingerido, o
paciente aguarda que ele percorra a corrente sanguínea e seja coletado pelo
órgão examinado, o que pode demorar várias horas. Quando isso finalmente
acontece, a pessoa submetida ao exame fica sentada ou deitada e a câmera gama
se aproxima da região do corpo a ser estudada. Durante a varredura, é essencial
ficar imóvel. Algumas vezes, no entanto, é preciso captar imagens dos órgãos a
partir de ângulos diferentes. Nesses casos, o técnico reposiciona o paciente
e/ou a câmera. A duração total do procedimento varia entre uma e cinco horas e,
em alguns casos, é necessário fazer mais de uma sessão. A varredura por
radioisótopos é indolor e o traçador rapidamente se transforma numa substância
inofensiva que é eliminada do organismo.