Tumor maligno

 

Um tumor maligno (com propensão a se disseminar) pode desenvolver-se na mama e, inicialmente, ficar restrito a ela. Porém, ao atingir cerca de 20 mm ou mais de largura, é possível que ele já tenha espalhado células cancerosas que fazem metástase, ou seja, se propagam através da corrente sangüínea e do sistema linfático para outras partes do corpo, provocando o aparecimento de novos tumores. Em cerca de 10% dos casos, os tumores afetam as duas mamas.

 

Quais são os sintomas?

Um caroço, que pode ou não ser doloroso, desenvolve-se na mama, usualmente na sua parte superior externa. Esse caroço não é facilmente percebido, sendo freqüentemente detectado em uma mamografia ou em um auto-exame da mama. Às vezes, quando o tumor já se espalhou pela região que o circunda, a pele sobre o caroço apresenta depressões ou pregas. O mamilo também pode produzir uma secreção de cor escura ou virar para dentro e ficar invertido.

 

 Quais são os riscos?

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres; nos Estados Unidos, por exemplo, a doença se desenvolve em cerca de uma em cada nove mulheres, mais freqüentemente naquelas que têm entre 40 e 60 anos. Vários fatores contribuem para o risco dessa doença. É ligeiramente mais comum em mulheres que nunca tiveram um filho, em quem possui um histórico familiar da doença e em pessoas que tiveram uma Menopausa tardia. Se não for tratada rapidamente, a doença geralmente será fatal. A maioria dos caroços não é cancerosa, mas é essencial que o médico seja informado se aparecer um novo caroço na mama. Os prognósticos são bons se o câncer for diagnosticado e tratado precocemente.

 

O que deve ser feito?

O auto-exame mensal das mamas ajuda a detectar um caroço no início de sua formação. Veja a animação Como examinar os seios em Caroços na mama. Em seguida, veja o ícone Testes, Fazendo mamografia, neste artigo. A partir dos 40 anos, todas as mulheres devem se submeter à mamografia. Se for detectado um caroço durante um auto-exame ou descoberta uma anormalidade na mamografia, o médico examina a paciente para determinar se é um câncer de mama ou outro distúrbio. Ele pode pedir outra mamografia, uma tomografia computadorizada, realizar uma biópsia (remoção de uma amostra do caroço para exame), ou remover o fluido do caroço com o auxílio de uma seringa (aspiração). Se algum desses procedimentos indicar que o caroço é um tumor maligno, existem vários métodos de tratamento disponíveis.

 

Qual é o tratamento?

O tratamento do câncer de mama é complexo e depende de muitas variáveis, entre elas: a aparência microscópica do tumor (que pode indicar se ele crescerá rapidamente); a existência de metástases (tumores que se disseminam para outro órgão a partir de um câncer primário); a possibilidade de o câncer ter atingido os gânglios linfáticos; a sensibilidade das células tumorais a hormônios como o estrogênio ou a progesterona; e a saúde geral da mulher. Em um número muito pequeno de casos, em que o tumor inteiro pode ser removido durante uma biópsia, apenas a radioterapia é suficiente para eliminar definitivamente o câncer de mama. Na maioria dos casos, porém, é necessária uma cirurgia (veja o ícone Medicamentos e tratamentos) para remover o tumor (que poderá envolver uma remoção parcial ou total da mama), seguida de radioterapia e/ou quimioterapia. Um tratamento hormonal poderá ser prescrito em lugar da cirurgia.

Dependendo do tamanho do tumor, uma cirurgia mínima apresenta um risco de reincidência do câncer de mama em cerca de 20% dos casos. Quando ela é acompanhada de radioterapia, a taxa de reincidência cai para apenas 5%. Estudos recentes, contudo, comprovaram que quando a doença é descoberta precocemente, uma mulher submetida a uma cirurgia mínima, seguida de radioterapia, terá uma chance de sobrevivência equivalente à de quem se submeteu à mastectomia (operação para remoção parcial ou total da mama). Com a cirurgia mínima, contudo, existe a possibilidade de, mais tarde, a mama inteira precisar ser removida. Uma mulher com câncer de mama deve decidir com cautela se prefere se submeter inicialmente a esse tipo de procedimento e discutir com seu médico se uma lumpectomia, ou remoção simples do tumor, é apropriada para a sua situação específica.

Depois da operação, poderá ser realizada uma radioterapia, especialmente se a mulher submeteu-se a uma lumpectomia. Se tiver menos de 50 anos, também pode ser tratada pela quimioterapia, com uma combinação de anticancerígenos. Nessas circunstâncias, quando a quimioterapia não é o tratamento principal, é chamada de quimioterapia adjuvante. Se a pessoa tiver passado da menopausa, o tratamento com hormônios inibirá o crescimento do câncer. Estão sendo feitas pesquisas para verificar a eficácia dos anticancerígenos administrados no período imediatamente anterior ou durante a cirurgia — usualmente, eles são dados após a operação.

Hoje em dia, a quimioterapia e a terapia hormonal aumentaram consideravelmente a taxa de sobrevida, e os efeitos colaterais das drogas quimioterápicas são bem menos desagradáveis. O tamoxifeno, um medicamento antiestrogênico usado para tratar o câncer de mama, praticamente não tem efeitos colaterais. O tempo de permanência no hospital depende do tipo de cirurgia realizada e de outros tratamentos.

A perda de uma mama é uma situação que provoca muita angústia. Entretanto, muitas mulheres mastectomizadas se submetem a uma cirurgia de reconstrução da mama (veja Cirurgia plástica). Esse procedimento envolve a inserção de um implante de mama artificial ou a reconstrução da mama, usando músculos e tecidos gordurosos de outra parte do corpo. Ele pode ser realizado durante a operação de mastectomia ou posteriormente. Outra opção é o uso de uma prótese, colocada sob o sutiã. Por ser moldada com base na outra mama, ela é praticamente imperceptível. A pessoa deve escolher calmamente a prótese que melhor se ajusta a ela e passar a usá-la o mais cedo possível, logo após a cirurgia. O médico pode indicar onde adquiri-la.

 

Quais são as perspectivas a longo prazo?

Se o tumor for removido no estágio inicial, a expectativa será de cura total ou de muitos anos de boa saúde. Após o tratamento, o médico poderá recomendar check-ups uma ou duas vezes ao ano. Se o câncer reincidir, pode ser controlado durante vários anos com medicamentos, radioterapia e, às vezes, uma nova cirurgia.

Mesmo após metástases generalizadas do câncer, os tratamentos experimentais poderão ajudar. Doses elevadas de quimioterapia podem ser administradas isoladamente ou em combinação com radioterapia e transplantes de medula óssea.

 

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