FISSÃO NUCLEAR

 

Em 1934 ocorreu uma grande descoberta no campo de pesquisa da física nuclear: o casal Fréderich Joliet e Irène Curie, genro e filha de Marie Curie, questionaram a distinção entre elementos não radioativos (em grande número) e os elementos radioativos (em pequeno número), descobrindo a possibilidade de produzir elementos radioativos artificiais, partindo elementos normalmente não radioativos.

Ao exporem alumínio aos raios da fonte de raios mais forte até então conhecida, viram o alumínio se transformar em uma substancia nova – mais precisamente um isótopo de fósforo, semelhante ao alumínio .

Apenas em 1938, os cientistas Fritz Strassman e Otto Hahn, através de análises químicas minuciosas feitas perceberam que as substâncias obtidas por Fermi não eram semelhantes ao Urânio, mas tinham o peso atômico de cerca da metade do elemento inicial. A descoberta sugeriu a explicação teórica do fenômeno, proposta pela física e matemática austríaca Lise Meitner e Otto Frisch:

"Quando atingido por um nêutron, o núcleo do urânio, em vez de emitir uma partícula e transformar-se num núcleo de massa um pouco diferente (como acontece com outros elementos), dividi-se em duas partes iguais, ou seja, sofre um processo de fissão".

Dois aspectos importantes observados na fissão, o primeiro é que, durante o processo de fissão, há uma pequena perda de massa e uma grande liberação de energia, o que comprovava a Teoria da Relatividade de Einstein. Um átomo de urânio que é bombardeado por um nêutron, cinde liberando energia cem milhões de vezes maior que a liberada na combustão de uma molécula de carburante.

Para comparação, dizemos que se 1 kg de urânio desintegra-se, liberando toda energia contida, seria equivalente a  1 000 000 kg de petróleo. Se considerarmos que 1 kg de petróleo produz cerca de 10 000 kcal e que, essa mesma quantidade de petróleo é suficiente para fazer um automóvel percorrer 10 km, temos:

1 kg de urânio       Bullet1.GIF (9550 bytes)      1 000 000 kg de petróleo     Bullet1.GIF (9550 bytes)     10 000 000 km

O segundo é que, ao dividir-se em dois o átomo de urânio libera dois nêutrons, que possivelmente atingirá dois átomos de urânio, liberando quatro nêutrons e continuando o processo que aumenta constantemente.

 

                        processo de fissão

         Imagen retirada do site: http:// www. cnen.gov.br

cadeia.bmp (39958 bytes)

diagrama de reação em cadeia

 

 Concluí-se que, átomos com número de massa superior a 230 podem  "quebrar-se" em fragmentos mais leves

 

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