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Zona 1 :área central de Furnas, tempo para evacuar, 6 horas |
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Zona 2 : 5 km, tempo para evacuar, 24 horas |
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Zona 3 : de 5 a 10 km, tempo para evacuar, 8 dias |
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Zona 4 : de 10 a 15 km, tempo para evacuar, 15 dias. |
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Pastoral da Terra, vinculada à Igreja Católica |
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Conselho de Associações de Moradores ( Coman) |
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Associações de Professores |
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Sape – grupo ecológico |
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Associações comerciais e industriais |
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Associações de profissionais e empregados na construção civil |
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Jornal Maré – tiragem de 8.500 exemplares por semana. |
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A implantação da Usina Angra I e das
próximas Angra 2 e 3, foi tratada como um assunto de "segurança
nacional" uma paradigma predominante até a redemocratização do País.
Informações foram negadas e o público
excluído de qualquer participação e mesmo com o advento da redemocratização da
sociedade, esta situação ainda está por ocorrer, apesar de "uma luz no fim
do túnel " sinalizar para novos tempos. Movimentos populares e políticos,
com o advento das privatizações estão a exigir mecanismos de controle e
participação de serviços públicos como a eletricidade, a telefonia, etc.
Em Québec, Canada, um país com tradição
democrática maior, mas com grande semelhança energética com o Brasil, promoveu
um Debate Público sobre a questão energética que estabeleceu princípios,
critérios e abordagens quanto a participação pública no processo decisório
sobre as alternativas energéticas.
Em Québec, o debate público sobre a
escolha e prioridades em energia, envolveram uma série de discussões a respeito
da energia nuclear, que desde 1977 havia estabelecido uma moratória no sentido
de não mais se construir usina nuclear na região. Ao mesmo tempo em que se
estabeleceu a moratória, recomendou-se o prosseguimento na pesquisa e
desenvolvimento da área, principalmente visando à fusão nuclear.
O programa nuclear brasileiro, alvo de
críticas de diversos setores da sociedade, envolvia:
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Construção de usinas nucleares em Angra (RJ) e em Peruíbe (SP) ; Angra I está em operação e Angra II e III, com bastante atraso, esperam as suas respectivas conclusões; |
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As fábricas de componentes pesados ( Nuclep em Itaguai) e de combustível ( Resende) que estão com capacidades ociosas; |
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O processo de enriquecimento do urânio – comprado da Alemanha ( jet nozzle) que não se viabilizou; |
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A prospecção de urânio que teve suas reservas ampliadas de 14.000 para cerca de 300.000 toneladas e |
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Reprocessamento do urânio, que não se viabilizou. |
O quadro indica que o programa nuclear
brasileiro, se não está num processo de moratória, pelo menos encontra-se em
ponto morto, com um complexo industrial e uma grande empresa de engenharia (
Nuclen) sem projeto definido. O que de fato ocorreu é que o programa brasileiro
de energia nuclear tomou novos rumos: deixou de ser a de geração de energia
elétrica, para atender objetivos não explicitos visando ao domínio do ciclo de
combustível nuclear; o desenvolvimento de reatores específicos de interesse
militar – submarino nuclear, satélites artificiais e grafite-gás – e autonomia
tecnológica para Ter um reator modular nacional como alternativa aos grandes
PWR. Assim, os recursos tem sido canalizados prioritariamente para o
desenvolvimento da tecnologia nuclear no âmbito das Forças Armadas.
Nota-se claramente, a ausência de um
espiríto participativo que, com a visão sistêmica ou holística, estabeleçam os
princípios, os critérios e as abordagens para uma efetiva participação pública
nas definições e nas decisões quanto ao futuro da grade energética brasileira.
Vive-se no Brasil uma plena democracia e
tal como Québec, urge a realização de um grande debate público a questão
energética.