TRANSPORTE FERROVIÁRIO
A ferrovia teve
efeitos duradouros em todo o processo econômico: os mercados para produtos
manufaturados e matérias-primas se ampliaram de modo extraordinário,
reduziram-se os custos de produção, com a maior eficiência e alcance da
distribuição e, devido ao crescimento do volume de vendas, os lucros
dispararam.
Em alguns países,
a concorrência foi o estímulo para o desenvolvimento das ferrovias pela
iniciativa privada. Na maioria dos países da Europa, porém, o estado não só
construiu as vias férreas como as manteve como sua propriedade e promoveu sua
exploração. A construção de linhas transnacionais e transcontinentais também
exigiu a intervenção do estado. Em certos casos, a construção de estradas de ferro
transformou-se num meio de expansão e influência política, como ocorreu com a
Estrada de Ferro de Bagdá, que liga o Oriente Médio à Europa, e a
Transiberiana, que tornou mais acessíveis os vastos recursos naturais da
Sibéria e mais estreitas as relações entre a Rússia e a China. Na Europa, a
necessidade de utilizar as estradas de ferro para o transporte de tropas deu
lugar ao estabelecimento de um firme domínio do estado sobre as companhias
ferroviárias.
Na primeira metade
do século XX, o setor sofreu declínio acentuado em todo o mundo, mas começou a
se recuperar a partir da década de 1970, devido a dois fatores: o progresso
tecnológico e a consideração de novas variáveis econômicas globais.
O avanço técnico
deu origem a trens capazes de circular a velocidades superiores a 300km/h, os
trens de alta velocidade ou trens-bala e aumentou a eficiência e segurança do
setor com a introdução de recursos eletrônicos no controle operacional das
ferrovias.
O metrô é um sistema de trens, que circulam quase
exclusivamente por via subterrânea, utilizado para transportar grandes
quantidades de passageiros nas áreas urbanas e suburbanas e é sem dúvida o mais
eficiente meio de transporte urbano do mundo moderno.
A avaliação das
ferrovias do ponto de vista macroeconômico levou em conta também não só seu
valor social, especialmente para a locomoção de passageiros de baixa renda,
como os benefícios ambientais, com a eliminação do excesso de veículos do setor
rodoviário que usam combustíveis poluentes.
A inauguração, em
1994, do túnel sob o canal da Mancha, ligando o Reino Unido à França, marcou a
ampliação do uso da ferrovia e uma nova etapa no processo de integração
ferrovia-rodovia. Os trens, desenhados especialmente para o trajeto nos
cinqüenta quilômetros do túnel, fazem o transporte de carros, caminhões de
carga e passageiros. No ponto de destino, os veículos desembarcam dos trens
diretamente num sistema de vias expressas.