Foz do Iguaçu

 

As cataratas que separam três países sempre foram um dos mais contundentes espetáculos da natureza

 

" Santa Maria, que beleza ! ".

O espanhol Álvaro Núnez Cabeza de Vaca teve razões de sobra para se espantar com o que viu no dia 31 de janeiro de 1542, quando descia o Rio Iguaçu de canoa à procura de uma rota para Assunção, no Paraguai.

Cabeza de Vaca precisou de toda a sorte e habilidade de navegador para escapar de uma armadilha terrível, anunciada pela correnteza cada vez mais forte e pelo barulho de água desabando de grande altura. A armadilha, que logo depois provocaria seu comentário apaixonado, eram as Cataratas do Iguaçu.

Entre Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Paraná, e Puerto Iguazu, na Argentina, as cataratas são hoje uma das paisagens mais admiradas e difundidas em todo o mundo, mas continuam o espanto.

Com até 275 saltos - o número varia de acordo com a vazão do rio -, as quedas d'água não cabem numa única foto nem podem ser desvendadas num único dia. Razão principal da passagem de 2 milhões de pessoas pela região a cada ano, elas dividem o tempo dos turistas com um variado leque de atrações espalhadas pelos três países que fazem fronteira no encontro dos rios Iguaçu e Paraná: Brasil, Argentina e Paraguai. Uma delas é a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo.

Criado em 1939, o Parque Nacional do Iguaçu é a maior reserva de floresta pluvial subtropical do mundo. Tombado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, é o primeiro bem natural do país reconhecido internacionalmente pela entidade.