Qual a primeira refinaria de petróleo construída no Brasil?
A Destilaria Riograndense de Petróleo, em Uruguaiana (RS), que entrou em operação em 1932, não estando mais em atividade.
Quantas refinarias tem a PETROBRÁS?
Onze, com capacidade para destilar até 1,4 milhão de barris de petróleo por dia.
REFINARIAS DA PETROBRÁS
01. RLAM – Refinaria Landulpho Alves (Mataripe, Bahia) |
02. RPBC – Refinaria Presidente Bernardes (Cubatão, São Paulo) |
03. REDUC – Refinaria Duque de Caxias (Campos Elíseos, Rio de Janeiro) |
04. REGAP – Refinaria Gabriel Passos (Betim, Minas Gerais) |
05. REFAP – Refinaria Alberto Pasqualini (Canoas, Rio Grande do Sul |
06. REPLAN – Refinaria de Paulínia (Paulínia, São Paulo) |
07. REMAN – Refinaria de Manaus (Manaus, Amazonas) |
08. RECAP – Refinaria de Capuava – (Mauá, São Paulo) |
09. REPAR – Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Araucária, Paraná) |
10. REVAP – Refinaria Henrique Lage (São José dos Campos, São Paulo) |
11. ASFOR – Fábrica de Asfalto de Fortaleza (Fortaleza, Ceará) |
Existem refinarias particulares?
Sim. Embora a PETROBRÁS, com a Lei 2.004, recebesse o monopólio do refino, o Governo manteve as autorizações concedidas, antes daquela lei, a grupos privados. Esta é a razão da existência das refinarias particulares Ipiranga, no Rio Grande do Sul, e Manguinhos, no Rio de Janeiro, ambas de pequeno porte.
O que se entende por refino de petróleo?
O refino é constituído por uma série de operações de beneficiamento, às quais o petróleo bruto é submetido para a obtenção de produtos específicos. Refinar petróleo, portanto, é separar do mesmo as frações desejadas, processá-las e industrializá-las em produtos vendáveis.
Qual a seqüência do processo de refino?
A primeira etapa do processo de refino de petróleo é a destilação primária, através da qual são extraídas do petróleo as principais frações que dão origem à gasolina e ao óleo diesel, toda a nafta, os solventes e querosenes (de iluminação e aviação), além de parte do GLP (gás de cozinha). Em seguida, o resíduo da destilação primária é processado na destilação a vácuo, onde é extraída do petróleo mais uma parcela de diesel, além de frações de um produto pesado chamado de gasóleo, que pode ser destinado à produção de lubrificantes ou a processo mais sofisticados, como o craqueamento catalítico, onde é transformado em GLP, gasolina e óleo diesel; o resíduo da destilação a vácuo pode ser usado como asfalto ou destinado à produção de óleo combustível. Uma série de outras unidades de processo destina-se a transformar frações pesadas do petróleo em produtos mais leves e ao tratamento de todas as frações destiladas, de forma a colocar os produtos nas especificações para o consumo.
A qualidade do petróleo é importante?
Todo petróleo, em estado natural, é uma mistura de hidrocarbonetos, que são compostos formados por átomos de carbono e de hidrogênio. Além de tais hidrocarbonetos, o petróleo contém, em proporções bem menores, compostos oxigenados, nitrogenados, sulfurados e metais pesados, conhecidos como contaminantes. Conhecer a qualidade do petróleo a destilar, portanto, é fundamental para as operações de refinação, pois a sua composição e o seu aspecto variam em larga faixa, segundo a formação geológica do terreno de onde foi extraído e a natureza da matéria orgânica que lhe deu origem. Assim, há petróleos leves, que dão elevado rendimento em nafta e óleo diesel; petróleos pesados, que têm alto rendimento em óleo combustível; petróleos com alto ou baixo teor de enxofre e outros contaminantes, etc., sendo que o conhecimento prévio destas características facilita a operação do refino.
Qual a relação entre o tipo do petróleo e os rendimentos dos derivados obtidos?
A relação entre o tipo do petróleo e os rendimentos dos derivados obtidos é direta, pois um petróleo leve tem maior rendimento de produtos leves (GLP, nafta, óleo diesel) e menos rendimento de produtos pesados (óleos combustíveis e asfalto) do que um petróleo pesado, onde ocorre o inverso. A instalação de unidades de conversão, que transformam frações pesadas em frações mais leves, pode atenuar essa diferença em rendimentos, mas não consegue eliminá-la. Ao longo do tempo, a PETROBRÁS tem sempre procurado instalar unidades de conversão (craqueamento catalítico, coqueamento retardado, hidrocraqueamento, etc.) em suas refinarias, com a finalidade de diminuir a influência da natureza do petróleo nos rendimentos dos produtos obtidos.
Qual o principal objetivo da refinação de petróleo?
Na indústria de refino como um todo o principal objetivo é obter do petróleo processado o máximo possível de derivados de maior valor de mercado, o que eqüivale a reduzir ao mínimo a produção de óleo combustível. A PETROBRÁS, por deter o monopólio do refino no País, tem, adicionalmente, o objetivo de atender o mercado nacional de derivados em qualquer circunstância.
O que a PETROBRÁS tem feito para reduzir a produção de óleo combustível?
A existência de instalações já direcionadas para a conversão de resíduos (20 unidades de destilação a vácuo, 11 unidades de craqueamento catalítico, 4 unidades de desasfaltação a solvente e 2 unidades de coqueamento retardado), conjugadas à adoção de um programa de trabalho conhecido como "Programa de Fundo de Barril", que orientou a operação de tais instalações sob condições mais severas, permitiu à PETROBRÁS reduzir o rendimento de óleo combustível, em relação ao petróleo processado, do nível de 30%, em 1980, para menos de 17%, em 1988, o que significa, atualmente, a transformação adicional de 45.000 barris diários de óleo combustível em GLP, gasolina e óleo diesel. Para a obtenção de tal resultado, técnicos da PETROBRÁS adaptaram procedimentos já consagrados no exterior e desenvolveram tecnologias pioneiras em todo o mundo. Hoje, já podemos prever que o rendimento de óleo combustível nas nossas refinarias poderá ser reduzido para 15% do petróleo processado, em face das novas instalações de craqueamento catalítico, coqueamento retardado e desasfaltação a solvente que se encontram em fase de construção ou de projeto.
Quais os principais produtos obtidos do petróleo?
A PETROBRÁS produz, em suas refinarias, mais de 80 produtos diferentes. Abaixo, uma listagem básica de tais produtos, com a sua utilização principal.
Produto |
Utilização |
|
Produto |
Utilização |
Gás ácido |
Produção de enxofre |
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Querosene de iluminação |
Iluminação e combustível doméstico |
Eteno |
Petroquímica |
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Querosene de aviação |
Combustível para aviões |
Dióxido de carbono |
Fluído refrigerante |
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Óleo diesel |
Combustível para ônibus, caminhões, etc. |
Propanos especiais |
Fluído refrigerante |
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Lubrificantes básicos |
Lubrificantes de máquinas e motores em geral |
Propeno |
Petroquímica |
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Parafinas |
Fabricação de velas, indústria de alimentos |
Butanos especiais |
Propelentes |
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Óleos combustíveis |
Combustíveis industriais |
Gás liqüefeito de petróleo |
Combustível doméstico |
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Resíduo aromático |
Produção de negro de fumo |
Gasolinas |
Combustível automotivo |
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Extrato aromático |
Óleo extensor de borracha e plastificante |
Naftas |
Solventes |
|
Óleos especiais |
Usos variados |
Naftas para petroquímica |
Petroquímica |
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Asfaltos |
Pavimentação |
Aguarrás mineral |
Solventes |
|
Coque |
Indústria de produção de alumínio |
Solventes de borracha |
Solventes |
|
Enxofre |
Produção de ácido sulfúrico |
Hexano comercial |
Petroquímica, extração de óleos |
|
N-Parafinas |
Produção de detergentes biodegradáveis |
Solventes diversos |
Solventes |
|
Benzeno |
Petroquímica |
Tolueno |
Petroquímica, solventes |
|
Xilenos |
Petroquímica, solventes |