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A
formação da sombra, entendida como a formação
de uma região destituída de luz, é uma conseqüência
do princípio de propagação retilínea da
luz.
Imaginemos um objeto de dimensões muito pequenas e que emita
luz (uma lâmpada caseira vista a grande distância).
Quando a luz emitida por um objeto for a única fonte numa certa
região do espaço, então um objeto a uma certa
altura do chão produzirá uma sombra no mesmo. Isso ocorre
porque a luz ao encontrar o objeto será impedida de prosseguir,
produzindo uma região na qual não existe luz (a sombra).
Os demais raios ao se propagarem pelo espaço em linha reta
atingirão o piso ou outro objeto criando regiões iluminadas
e regiões destituídas de luz (onde existe sombra).
Se a fonte de luz for extensa (não for puntiforme), o caso
mais comum, então teremos regiões não atingidas
pelos raios luminosos (regiões de sombra) e regiões
atingidas por alguns raios luminosos (mas não todos). Essas
regiões, de diferentes graduações em função
da quantidade de luz, são as regiões de penumbra.
Consideremos um corpo esférico constituindo-se num obstáculo
à propagação da luz colocado entre a fonte de
luz e um anteparo (uma parede, por exemplo). A região de sombra
no corpo esférico e a sombra própria. A região
de sombra entre o corpo esférico e o anteparo tem a forma de
um cone e por isso é conhecido como cone de sombra. No anteparo
se forma a sombra, ou sombra projetada.
No caso de uma fonte extensa, e admitindo-se uma fonte igualmente
esférica, obtém-se uma sombra própria no objeto
esférico, localizado entre a fonte e o anteparo, uma sombra
projetada no anteparo (região no anteparo que não recebe
luz) e uma penumbra projetada no anteparo. A penumbra é parcialmente
iluminada. A região parcialmente iluminada, entre o corpo esférico
e o anteparo é o cone de penumbra.

Os casos anteriores, onde analisamos as regiões de sombra e
penumbra de corpos e fontes esféricas é importante para
entender o fenômeno dos eclipses. Trata-se de um fenômeno
natural que acontece com relativa freqüência. O último
eclipse total do Sol registrado ocorreu em 1999. Como o Sol, a Lua
e a Terra são corpos esféricos valem as considerações
anteriores sobre sombra e penumbra.
O eclipse do Sol ocorre quando a Lua se interpõe entre o Sol
e a Terra. O Sol fica eclipsado pela Lua.
Denominamos de eclipse total do Sol aquela situação
na qual algumas regiões da Terra entram na sombra da Lua (região
de sombra). As regiões que entram no cone de penumbra da Lua
percebem um eclipse parcial (já que estão na penumbra
da Lua).
Pode
ainda ocorrer um outro tipo de eclipse solar: o eclipse anular. Nesse
tipo de eclipse uma certa região da Terra (e seus habitantes)
entram no prolongamento do cone de sombra da Lua. Como conseqüência
disso, essas regiões estarão expostas apenas à
luz proveniente da parte periférica do Sol. A parte central
naturalmente é eclipsada pela Lua. Nesse caso, temos o eclipse
anular do Sol. Como essas regiões estão na penumbra
da Lua, esse tipo de eclipse é parcial.
A
situação que estabelece a distinção entre
os dois tipos de eclipse é a distância relativa entre
o Sol, a Terra e a Lua. Essas distâncias podem variar o suficiente
para provocar os dois tipos de eclipses.
O eclipse da Lua ocorre quando a Terra se interpõe entre o
Sol e a Lua. Nesse caso, a Lua entra primeiro no cone de penumbra
da Terra e depois na região de sombra da Terra.
Marques e Ueta
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