
Atravessar
um vão caminhando ao longo de um cabo segurando uma longa vara chega
a prender a respiração dos observadores. Essa façanha demonstra o
senso de equilíbrio de alguns artistas de circo.
O artista procura incessantemente o equilíbrio, fazendo com que, à
medida que ele se desloca, o centro de gravidade se mantenha num plano
que contém o cabo esticado. O uso da vara é fundamental para fazer
com que, através dela (puxando-a para a esquerda ou para a direita),
seja mantido o centro de massa acima do cabo. Observe-se que, nesse
caso, procura-se manter o equilíbrio do sistema homem mais a vara
longa.
O
ser humano é simétrico em relação a um plano vertical que passa pelo
meio do corpo. Isto é, podemos trocar o que está à esquerda pelo que
está à direita sem alterá-lo (veja diante do espelho). O centro de
massa está situado, portanto, numa linha contida nesse plano. Ao transportarmos
um objeto, tendemos a alterar a nossa envergadura buscando manter
a posição do centro de massa do sistema numa direção vertical acima
dos nossos pés.
O senso de equilíbrio, a manutenção do nosso centro de gravidade na
posição adequada requer uma dura aprendizagem na infância. Levam-se
muitos tombos até se adquirir o senso (no sentido intuitivo) do equilíbrio.
Existem
duas formas de manter um lápis de pé:
a) pela base - nesse caso, o equilíbrio é relativamente estável.
b)
pela ponta - muito difícil de se obter, mas não impossível.
Nesse caso, o equilíbrio é instável. Basta um deslocamento
diminuto para tirá-lo do equilíbrio.
O
lápis exibe ainda um equilíbrio indiferente ao ser colocado
"deitado" sobre a mesa. |
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Uma
forma de dotar os objetos de condições melhores de equilíbrio é baixar
o centro de gravidade. O melhor exemplo dessa busca de equilíbrio
são os carros de corrida. Eles são rebaixados de forma que o piloto
corra sentado muito próximo do chão. Assim, eles podem ser inclinados
de ângulos relativamente grandes sem perderem o equilíbrio. A carga
colocada num trem, se rebaixada, terá maior equilíbrio.

As cargas devem ser colocadas num caminhão de forma a manterem o centro
de gravidade no "centro" do mesmo.
Um vagão de trem tende a tombar quando o plano vertical que passa
pelo centro de gravidade fica fora dos trilhos da ferrovia.
Marques
e Ueta