
Vamos medir alguns objetos do cotidiano e organizar os dados experimentais
sistematicamente. Dessa forma teremos a possibilidade de rever e/ou
criticar o procedimento posteriormente.

Utilize uma régua para medir o comprimento e a largura de uma
folha de papel sulfite (ou semelhante). Organize os dados obtidos
em uma tabela. Faça várias medidas em posições
diferentes no papel.
Tabela 1 - Medida das dimensões
de uma folha de papel com uma régua |
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Comprimento (mm)
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Largura (mm) |
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Média |
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Desvio |
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Calcule o valor médio, somando todos os valores obtidos e dividindo
pelo número de medidas. Obtenha o desvio máximo do conjunto
de medidas através da relação (valor máximo
- valor mínimo)/2.
Se você usa uma régua, a menor divisão é
o mm e, em algumas situações, você nota que a
medida não é exata em mm. Nesse caso, você tem
que avaliar (chutar) um valor intermediário entre dois valores
exatos.

Use o bom senso! Muito dificilmente você pode dividir o mm em
dez ou cinco partes iguais e avaliar 0,1mm ou 0,2mm, respectivamente.
Já
um quarto da divisão depende da perfeição dos
riscos da régua. Se os riscos são desiguais e as divisões
também não são iguaizinhas, então não
tem sentido usar ¼, ½, ¾ de divisão. Em
geral, com réguas escolares a uniformidade só admite
estimar metade da divisão, isto é, 0,5mm.

Utilize agora uma trena para medir o comprimento e a largura da sala
em que você está.
Organize os dados em uma outra tabela completa. Observe se as medidas
foram feitas corretamente. Estime quanto você pode errar
ao efetuar as medidas. Compare com o desvio das medidas efetuadas. |
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Compare os desvios obtidos nos dois itens acima.
Agora você já usou uma régua e uma trena. Vamos
analisar alguns pontos.
Vamos medir 30cm da régua com a trena. Vamos medir também
com outras réguas. Certamente não deu o mesmo valor
com todos os instrumentos. Qual está "certo"?
Para saber qual instrumento está certo, seria necessário
ter em mãos um padrão. Existem padrões primários
e secundários e são utilizados somente para aferir padrões
menos "nobres", que são os mais encontrados e reproduzidos.
Existem escalas metálicas (réguas) milimetradas e de
alta precisão. O seu preço reflete claramente como esses
instrumentos são confeccionados e aferidos cuidadosamente e
podem ser usados como referência.

Você certamente já deve ter sentido a necessidade de saber
a distância entre dois pontos numa cidade.
Por exemplo, no mapa das ruas de São Paulo, pegue a página
de interesse. As escalas apresentadas nos mapas originais representam
a conversão que deve ser feita. Por exemplo, 1:2000 significa:
um cm do mapa corresponde a 2000cm na realidade, o que corresponde
a 20m. Então 10cm correspondem a 200m e assim por diante. Em
outros casos, existe uma escala, uma barra indicando 0 a 10km, por
exemplo.
Meça a escala apresentada de 10km em 1 cm. Meça com
a sua régua a distância entre os dois pontos do mapa.
Use a regra de três para obter em km a distância procurada.
Vamos usar o mapa e calcular o comprimento da raia olímpica
da Cidade
Universitária.
Agora pegue um mapa do Brasil, descubra qual a escala utilizada e descubra
qual é a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Compare o valor obtido com o de experiências anteriores vivenciadas
numa viagem casual.
Observe que você está fazendo as medidas em linha reta!
Marques
e Ueta
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