
Chama-se
campo magnético terrestre a esse campo magnético que existe
ao redor da Terra. A existência desse campo se manifesta pela
orientação da agulha magnética. O campo magnético terrestre
pode ser considerado uniforme em uma extensão bastante grande
como, por exemplo, na região ocupada por uma cidade.

Suponhamos
que num certo lugar A (por exemplo, São Paulo, ou Rio
de Janeiro) uma agulha magnética seja suspensa pelo
centro de gravidade, de maneira que ela possa girar
livremente. A agulha se orienta de maneira que seu
eixo fique na linha de força do campo magnético. Essa
linha de força em cada lugar é muito próxima da linha
norte-sul geográfica (meridiano geográfico), mas não
coincide com ela, conforme veremos.
Chama-se
plano meridiano magnético do lugar A ao plano vertical
que passa pelo eixo da agulha.
Chama-se
meridiano magnético do lugar à interseção do plano
meridiano magnético com o globo terrestre.
|
Figura 259 |
Chama-se
declinação magnética do lugar ao ângulo d formado pelo meridiano
magnético com o meridiano geográfico (fig. 259). A declinação é chamada
oriental quando o polo norte da agulha se acha no oriente do
meridiano geográfico; é o caso da figura 259. É ocidental
no caso contrário.
Chama-se
inclinação magnética do lugar ao ângulo i que a agulha faz com
o plano horizontal (fig. 260). A inclinação é considerada positiva quando
o polo norte da agulha está abaixo do plano horizontal; é o
caso da figura 260. É negativa no caso contrário.

Figura 260


Em todos
os países se fazem medidas do campo magnético H, da declinação
d e da inclinação i praticamente em todo o território. Os valores
encontrados são assinalados em mapas. Depois se traça uma linha
pelos lugares onde a declinação tem o mesmo valor; outra pelos
lugares em que a inclinação tem o mesmo valor, etc.. Chamam-se
linhas isógonas, àquelas que unem pontos nos quais a declinação
tem o mesmo valor. Chamam-se linhas isóclinas àquelas que unem
pontos nos quais a inclinação tem o mesmo valor. Chamam-se
linhas isodinâmicas àquelas que unem pontos em que a componente
horizontal
do campo tem o mesmo valor.

A declinação,
a inclinação e o campo
variam de um lugar para outro, e também variam num mesmo
lugar. Em um mesmo lugar se observam variações diurnas do campo,
que assinalam pequenas oscilações. E variações mais profundas,
que alteram por completo os valores de H, d e i, observadas
ao cabo de muitos anos; estas se chamam variações seculares.
Às vezes
há variações muito bruscas e muito intensas observadas no campo
magnético, e que são percebidas não em um único lugar, mas em
todos os observatórios magnéticos da Terra. Essas variações
bruscas são chamadas tempestades magnéticas. O seu aparecimento
coincide com as auroras polares. Tem-se quase como certo que
o aparecimento brusco de uma mancha solar acarreta uma tempestade
magnética.
Grandeza |
Símbolo |
Unidade
CGSEM |
Unidade
MKS |
Intensidade
de campo magnético |
|
oersted |
praoersted,
ou
|
Indução
magnética |
|
Gauss |
|
Fluxo
magnético |
|
Maxwell |
Weber |
Susceptibilidade
magnética |
|
|
|
Nota: É
útil relembrar que:
e
têm as mesmas unidades;
,
e
têm as mesmas unidades;
e m têm as mesmas unidades .