Esse módulo do sistema estará disponível em breve. Esse módulo do sistema estará disponível em breve. Esse módulo do sistema estará disponível em breve. Esse módulo do sistema estará disponível em breve.


 

Além da construção de pilhas e acumuladores, que estudaremos no Capítulo 11, as aplicações da eletrólise na indústria são muito numerosas e importantes. Veremos as aplicações em galvanoplastia, as fabricações de matrizes tipográficas, a refinação do cobre e a extração comercial do alumínio.

Quase todas as aplicações industriais da eletrólise se baseiam no seguinte fato: quando fazemos eletrólise de um sal de certo metal, esse metal se deposita sempre no cátodo.

Todos sabem que é muito comum cobrir-se um objeto de metal barato com uma camada fina de um metal caro.  É o caso dos objetos dourados, prateados, niquelados, cromados, etc..  Essa operação é feita por eletrólise e é chamada galvanoplastia.

Para se depositar um metal determinado sobre um objeto faz-se o seguinte: prepara-se uma solução de um sal desse metal.  O sal se dissocia em um radical ácido mais um íon metálico.  Usa-se como anodo uma barra desse metal, e como cátodo o próprio objeto sobre o qual o metal deve ser depositado.  O anodo é ligado ao polo positivo de um gerador de uns 5 ou 6 volts, e o objeto é ligado ao polo negativo.  Quando passa corrente, o íon metálico, que é positivo, se dirige para o cátodo, que é o próprio objeto a ser coberto, e se deposita nesse objeto.  O íon ácido que é negativo, se dirige para o anodo: aí reage com o metal e forma novamente o sal primitivo.

Suponhamos que desejamos pratear uma colher.  Usamos a própria colher como cátodo, e como anodo usamos uma barra de prata.  O eletrólito pode ser uma solução de nitrato de prata, que se dissocia assim:

 

Quando passa corrente, o íon  se desloca para o cátodo e aí se deposita sobre a colher.  O íon  se desloca para o anodo: aí reage com a prata e forma novamente o nitrato de prata.



Figura 204

Muitas vezes nas tipografias se faz por eletrólise uma “matriz” de cobre de uma página a ser impressa.  Inicialmente se prepara a matriz com os tipos comuns de tipografia.  Depois se tira dessa matriz um molde de cera, em baixo-relevo.  Como a cera não é condutora, ela é recoberta por uma camada de grafite, que é condutor.  A cera, assim preparada é usada como cátodo, numa eletrólise de um sal de cobre, sendo o anodo de cobre.  Como os íons de cobre são positivos, eles vão se depositar sobre a cera, e reproduz-se assim, em cobre, a matriz primitiva.  Essa matriz de cobre tem, mais ou menos, a espessura de um cartão de visitas.  Esse processo é vantajoso nas grandes tipografias, em que são feitas tiragens grandes de livros, porque assim, com um número relativamente pequeno de tipos, se fazem as matrizes, e quando ficam prontas as matrizes de cobre, os tipos podem ser usados para o preparo de outras matrizes.

O cobre que provem das fundições possui de 1% a 5% de impurezas, e por causa disso não pode ser usado para certas finalidades, como por exemplo, fios condutores de eletricidade.  Ele é então purificado por eletrólise, atingindo um grau de pureza de 99,95%.  Assim purificado é conhecido no comércio como cobre eletrolítico.

Faz-se uma solução de sulfato de cobre que se dissocia assim:

O cobre impuro é usado como anodo.  O cátodo é uma lâmina fina de cobre já puro (fig. 205).  Quando passa corrente, o cátion de cobre se deposita sobre o cátodo, que vai então se avolumando.  O íon  reage com o cobre do anodo, formando novamente sulfato de cobre, que se dissocia, e o processo continua.  O cátodo ficará sendo então cobre puro.



Figura 205

O processo de obtenção do alumínio usado atualmente é o seguinte.  Funde-se um mineral de alumínio chamado criolita, que fica à temperatura de 900oC.  Depois se dissolve na criolita o óxido de alumínio ( ), chamado alumina.  O eletrólito é, então, constituído pelo óxido de alumínio dissolvido em criolita fundida.  Faz-se passar pela solução uma corrente de uns 10.000 ampères, sob diferença de potencial de 5,5 volts.  O óxido de alumínio é dissolvido no banho de criolita fundida, e a corrente o separa nos seus constituintes: alumínio e oxigênio.

Este processo de obtenção do alumínio foi inventado em 1886.  Para que se tenha uma idéia da repercussão econômica que essa técnica teve, basta dizer que antes daquela data o alumínio custava vinte vezes mais do que custa hoje.  Foi esse processo que permitiu que o alumínio tivesse a grande aplicação que todos conhecem.

O óxido de alumínio necessário para êste processo é encontrado em grande grau de pureza num mineral de alumínio chamado bauxita.  O Brasil é riquíssimo em bauxita, e poderia ser um grande produtor de alumínio, se suas condições econômicas permitissem.

 

 
   

 


©2004 - Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada. Todos os direitos reservados.