
Chama-se
eletrização ao fenômeno pelo qual um corpo neutro
passa a eletrizado. Os processos mais comuns para a obtenção
da eletricidade estática são os seguintes.

Foi
o primeiro processo de eletrização conhecido. Quando
duas substâncias de naturezas diferentes são atritadas,
ambas se eletrizam.

Quando
um corpo neutro é colocado próximo de um corpo eletrizado,
sem que haja contato entre eles, o corpo neutro se eletriza.
Esse fenômeno é chamado indução eletrostática.
O leitor que realizou as pequenas experiências que sugerimos
até agora, já viu casos de eletrização
por atrito e por indução. Assim, quando atritamos
um pente, este se eletriza por atrito. Depois, quando aproximamos
o pente eletrizado de pequenos pedaços de papel, o papel
se eletriza por indução, e depois de eletrizado é
atraído pelo pente (veja
Capítulo IV).

Quando
um corpo neutro é colocado em contato com um corpo eletrizado,
por meio de um fio condutor, o corpo neutro se eletriza.
Um outro caso de eletrização por contato é
o seguinte: quando duas substâncias de naturezas diferentes,
ambas inicialmente neutras, são colocadas em contato durante
muito tempo, com grande superfície de contato, ambas se eletrizarão.
Este caso é mais difícil de ser observado, porque
a eletrização de ambas é muito fraca .

Certos
corpos, quando aquecidos, eletrizam-se, apresentando eletricidades
de nomes contrários em dois pontos diametralmente opostos.
O fenômeno é chamado fenômeno piroelétrico.
É mais comum em cristais, como por exemplo na turmalina.

Certos corpos, quando comprimidos, eletrizam-se, apresentando eletricidades
de nomes contrários nas extremidades. O fenômeno é
chamado fenômeno piezoelétrico. Também
é mais comum em cristais, como por exemplo, turmalina, calcita
e quartzo.
Estudaremos
em nosso curso a eletrização por atrito, por indução
(Capítulo
IV) e por contato (Capítulo
V).